domingo, 17 de maio de 2009

As Boas Novas

Desculpem meus queridos,

ando meio ferrada da coluna e a dor me deixa sem vontade de nada. Mas hj acordei mais disposta e pronta para atualizar um pouquinho isso aqui.

Finalmente consegui falar com a psicóloga. A primeira impressão que tive dela não foi das melhores. Creio que seja porque sempre acreditamos que nossos problemas são mais importantes do que os dos outros, não é? Mas enfim...

Ela orientou-me a respeito de como efetivar a inscrição do meu sobrinho no programa das chamadas comunidades terapêuticas. Disse-me que elas são quatro: Uma em Fortaleza (Aquiraz), outra em Itapipoca (Ceará), Baixo Guandu (Espírito Santo), Bangu (Rio de Janeiro - dentro da Reserva Florestal do Mendanha). Mas que pessoas de todos os Estados do Brasil podem ser acolhidas, bastando, para isso, entrar em contato eles, sendo que cada casa abriga um número máximo de 15 (quinze) pessoas.

Explicou-me que estas são casas mantidas pela assessoria de Promoção Humana da Comunidade Católica Shalom para acolher irmãos que entraram no caminho das drogas e que se tornaram dependentes químicos (Adictos). Não é uma clínica, mas um lar temporário para ajudar os adictos a reencontrarem o caminho da liberdade, da esperança e do sentido de suas vidas. Os jovens ficam morando nestas casas por um período de 8 (oito) meses.

Para entrar na Comunidade Terapêutica, primeiro é preciso que o adicto deseje realmente ficar curado e livrar-se definitivamente das drogas. Em segundo lugar, é preciso passar pela casa de triagem, para uma entrevista, onde a situação será analisada de forma personalizada.

Explicou ainda que o tratamento consiste no acompanhamento espiritual, psicológico e na laboterapia, que ajuda na desintoxicação. Que em primeiro lugar é necessário resgatar a dignidade como sendo filho de Deus e também a de sua família.

Deu-me o contato do Centro de Evangelização para fazermos a triagem (Rua Vicente de Souza, 29 – Botafogo – Rio de Janeiro - RJ – CEP 20270-233 - telefones:(21) 2535-4831 e 2535-2804 das 14:30h às 22:00h.)

Disse-me que na triagem são realizados vários acompanhamentos, conversas com o adicto e também com sua família, sempre com o intuito de conhecer a realidade e gravidade do problema, saber se é necessário o internamento, e orientar sobre o funcionamento da Comunidade Terapêutica, exames necessários, etc.

Informou ainda que as CTs são exclusivamente masculinos, que acolhem pessoas de qualquer religião, sendo que antes de entrar elas são orientadas sobre a identidade católica da CT e que faz parte do tratamento a participação do adicto em todas as atividades da casa, inclusive nas atividades religiosas. Falou a respeito da faixa etária para poder realizar o tratamento: dos 16 aos 60 anos.

Contou-me a respeito do dia-a-dia dos internos, que consiste em uma rotina que envolve momentos religiosos: (oração, estudo bíblico, vida sacramental), momentos de formação humana; profissionalizantes (oficinas), momentos de esporte, lazer, descanso e momentos de acompanhamento terapêutico, grupal e individual.

Deixou claro que a participação da família é tão necessária que, sem ela, pode ocorrer desligamento do interno da casa. Tendo a família um papel fundamental, é praticamente impossível recuperar um jovem das drogas sem resgatar também a sua família.


Perguntei-lhe a respeito do custo desse tratamento. Coisa que me deixava muito tensa, visto que sabia que não tínhamos (a família) como arcar com um tratamento muito oneroso. Ela me revelou que o tratamento não era gratuito. Que, por ser uma Comunidade que vive da providência de Deus, não tinha recursos para se manter. Por isso, pediam a ajuda de três salários mínimos por mês de cada jovem para custear suas despesas. Mas que eram abertos a analisar a situação individual de cada interno, já que a missão deles era resgatar e o dinheiro não pode ser um obstáculo para o essencial.

Expliquei-lhe que isso era um ponto crucial para prosseguirmos com o processo junto à Comunidade Católica. Ela apenas me disse que isso deveria ser tratado no momento da triagem. Que ela não poderia fazer nada a respeito, visto que era apenas a psicóloga da CT. Mas que fôssemos na próxima terça-feira (dia de triagem) ao endereço dado. Lá seríamos orientados da melhor forma possível.

Mesmo com esse entrave tentando me desanimar, entrei em contato com o pessoal da triagem e confirmei nossa ida (minha, de meu sobrinho e de minha irmã) na próxima terça.


É isso pessoal, não consigo mais escrever. Mas tenho muito mais coisas para contar. Logo coloco o blog em dia.

Até e obrigada pelo ombro amigo.

Abraços a todos!

2 comentários:

  1. Olá Márcia! outro dia entrei aqui e vi o drama que vcs estão passando...tenho uma pessoa muito querida que está passando por isso com seu filho...um menino de 23 anos que já se tornou esquisofrênico por conta do crak...mas enquanto houver esperança...a vontade de se curar e o apoio da família...vale à pena lutar. Espero e torço pra que vcs tenham êxito. Deus é onipotente e há de conceder essa benção à vocês...Fique com Deus amiga!

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  2. Olá Marcia... fiquei muito feliz ao ler essa postagem... Eu tenho ido a igreja toda semana, pq minha vida anda um pouco fora do rumo... um dos motivos é esse amo que preciso tirar do peito... na última semana eu fiz um propósito de vida p/ seu sobrinho..deixei meu problemas e dores de lado e pedi a Deus por ele... Fico muito feliz que tudo está tomando um rumo... Agradeço a Deus e a essa família maravilhosa...Vou continuar orando por vocês... Deus está com vocês.

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